(Foto: google)
O roteiro é de cinema. O São Paulo estreou na fase de grupos da Libertadores com derrota para o The Strongest (BOL) por 1 a 0 em casa, um resultado que deixava o time já ameaçado de cair de maneira precoce na competição. Pois é, o tempo passou, o Tricolor se reconstruiu e hoje está do tamanho do Morumbi na busca pelo tetra. O time de Edgardo Bauza resistiu ao Horto e com a derrota de 2 a 1 para o Atlético-MG está na semifinal do torneio mais importante da América.
Um roteiro que teve novamente o zagueiro Maicon como grande herói. O jogador que atuou até no gol nesta Libertadores fez o gol da classificação. Um cabeçada valiosíssima para sua pretensão, a do São Paulo e de todo a torcida são-paulino de vê-lo no clube por mais tempo. Maicon tem contrato até 30 de junho e o vínculo precisará ser renovado para ele disputar a semifinal. Mas isso agora pouco importa. O Tricolor foi herói, com emoção até o último minuto, numa cobrança de falta desperdiçada por Pratto. Quem resistiu, não cai mais.
Aos 11 minutos de jogo, com gols de Cazares e Carlos, fulminantes, o Atlético-MG já tinha tirado a vantagem conquistada pelo São Paulo no Morumbi. Também pudera. Em toda a Copa Libertadores, o máximo que o Atlético-MG demorou para abrir o placar dentro de casa foi 16 minutos contra o Racing (ARG), no segundo jogo das oitavas de final. Resistir ao ímpeto inicial do Galo no Horto é missão ingrata e não foi o bravo São Paulo do bravo Patón a quebrar o paradigma. Mas fez o mais importante.
O problema é que o time de Aguirre não voltou com a mesma disposição para o segundo tempo, e isso comprova ainda mais quão difícil é repetir o rolo compressor a partir do momento que o árbitro autoriza a bola rolar no Independência. O valente São Paulo conseguiu algo que poderia ser determinante: equilibrar as forças diante de um cenário emocional desfavorável.
A Libertadores agora dá uma pausa para a disputa da Copa América. Que as emoções voltem com tudo. A competição sul-americana de clubes deixará saudade no torcedor. Principalmente no são-paulino, que tem um mês para comemorar a vaga, o fim da maldição de cair para brasileiros na Libertadores (foi assim nas últimas seis que disputou) e a reconstrução de um time que voltou a ser grande. À torcida do Galo, resta saudade de quando o time fazia valer o lema "Eu acredito".
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2 X 1 SÃO PAULO
Local: Independência, Belo Horizonte (MG)
Data-Hora: 18/5/2016 - 21h45
Árbitro: Andrés Cunha (URU)
Auxiliares: Carlos Pastorino (URU) e Horácio Ferrera (URU)
Público/renda: Não divulgados
Cartões amarelos: Eduardo e Leonardo Silva (AMG), Michel Bastos e Maicon (SAO)
Cartões vermelhos: Leandro Donizete (AMG)
Gols: Cazares (6'/1ºT) (1-0), Carlos (11'/1ºT) (2-0) e Maicon (14'/1ºT) (2-1)
ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete, Eduardo (Dátolo, aos 40'/2ºT), Patric (Clayton, aos 24'/2ºT), Cazares e Carlos (Carlos Eduardo, no intervalo); Pratto. Técnico: Diego Aguirre.
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Wesley, aos 24'/2ºT) e Ganso; Kelvin, Michel Bastos (Matheus Reis, aos 32'/2ºT) e Calleri (Alan Kardec, aos 42'/2ºT). Técnico: Edgardo Bauza.
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