Senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. (Foto: google)
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (25)
o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado.
Segundo investigadores, o senador foi preso por estar atrapalhando apurações da
Operação Lava Jato.
Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro
André Esteves, do banco BTG Pactual, o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo
Ferreira e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área
internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
A prisão de Esteves está ligada a inquéritos no âmbito
da Lava Jato que tramitam no STF. A assessoria de imprensa do banco BTG
informou ao G1 que, até as 8h50, não tinha a informação oficial sobre a prisão
do banqueiro.
As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da
República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões de Delcídio e de
Ribeiro são preventivas, que é quando não há data determinada para terminar. As
demais são temporárias, com data de término.
Delcídio foi preso por tentar dificultar a delação
premiada de Cerveró sobre uma suposta
participação do senador em
irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo
investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o
ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a
tentativa do petista de obstruir a Justiça.
A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita
pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as
investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação.